Cannabis Medicinal

Sistema endocanabinóide
Conheça os benefícios

Sobre a Cannabis

A cannabis é uma planta medicinal e sua utilização e reconhecida já há muitos anos em civilização muito antigas 

O sistema endocanabinóide (ECS) consiste em receptores, ligantes endógenos (endocanabinóides) e enzimas metabolizadoras e desempenha um papel importante em diferentes processos fisiológicos e patológicos. 

Assim, podemos explicar os motivos que fazem com que a planta pode ser benéfica para várias patologias. Hoje se postula que é o desbalanceamento deste sistema que causa as mais várias sintomatologias apresentadas.

Os fitocanabinóides e os canabinóides da Cannabis sativa podem interagir com os componentes do ECS ou outras vias celulares e, assim, afetar o desenvolvimento e a progressão das mais diversas doenças pois regula esse sistema vital para a homeostase.

Compreender como os canabinóides são capazes de regular os processos celulares essenciais envolvidos no câncer, por exemplo, como progressão no ciclo celular, proliferação e morte celular, bem como as interações entre os canabinóides e o sistema imunológico, são cruciais para melhorar as abordagens terapêuticas existentes e desenvolver novas para pacientes com câncer. 

Assim é importante que a pesquisa seja permitida no Brasil, com a planta Cannabis sativa para que possamos obter todas as respostas a essas perguntas sobre a efetividade nas mais diversas doenças.

Referência:

Russo EB. Clinical Endocannabinoid Deficiency Reconsidered: Current Research Supports the Theory in Migraine, Fibromyalgia, Irritable Bowel, and Other Treatment-Resistant Syndromes. Cannabis Cannabinoid Res. 2016;1(1):154‐165. Published 2016 Jul 1. doi:10.1089/can.2016.0009

Uma breve história da Cannabis sativa

 

A Cannabis é uma das culturas agrícolas mais antigas conhecidas pelo homem. A história dessa planta e de sua proibição no século passado intriga vários cientistas que a cada descoberta revela curiosidades, desde mortalhas na China e nas múmias no Egito. Por isso acreditamos que o ser humano interage com essa planta desde o período neolítico, época das primeiras lavouras.

Observar artigos sobre o tema e as descobertas publicadas que revelam que ela já era fumada há 2,5 mil anos a.C.  

O primeiro relato de seu uso medicinal foi feito pelo imperador Chinês Chen Nung em 2717 A.C. E no século passado era facilmente encontrado nas boticas farmacêuticas como medicamento pois estava descrita na primeira matéria médica da Merck em 1899.

No Brasil ela veio com os portugueses que as utilizavam em suas velas e cordas e foram plantadas no Brasil.

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 Foto- https://pt.wikipedia.org/wiki/Cannabis_(psicotr%C3%B3pico)#/media/Ficheiro:Drug_bottle_containing_cannabis.jpg)

 

Referências:

 Touw M. The religious and medicinal uses of cannabis in China, India and Tibet. J Psychoactive Drugs. 1981;13(1):23–34. https://doi.org/10.1080/02791072.1981.10471447

Carlini, Elisaldo Araújo. (2006). A história da maconha no Brasil. Jornal Brasileiro de Psiquiatria , 55 (4), 314-317. https://dx.doi.org/10.1590/S0047-20852006000400008

O que é efeito comitiva?

 

O potencial terapêutico da Cannabis sativa.  aparecem em várias pesquisas científicas, principalmente o CBD que é a substância mais estudada pela facilidade da pesquisa pois o THC por ser uma substância proibida sua pesquisa é assim dificultada.

Existem mais de 500 compostos químicos da planta, cada qual com suas propriedades terapêuticas que podem ser hoje classificados em canabinóides, flavonóides e terpenos.

O efeito comitiva é a sinergia de todos esses efeitos e observa-se a potencialização quando são usadas juntas.

O tetra-hidrocanabinol (THC) tem sido o foco principal da pesquisa sobre maconha desde 1964, quando Raphael Mechoulam o isolou e sintetizou. Mais recentemente, as contribuições sinérgicas do canabidiol para a farmacologia e analgesia da cannabis foram demonstradas cientificamente. Outros fitocanabinóides, incluindo tetra-hidrocanabivarina, canabigerol e canabicromeno, exercem efeitos adicionais de interesse terapêutico. 

O melhoramento convencional inovador de plantas produziu quimiotipos de cannabis que expressam altos títulos de cada componente para estudos futuros. 

 

Referência:

Russo EB. Taming THC: potential cannabis synergy and phytocannabinoid-terpenoid entourage effects. Br J Pharmacol. 2011;163(7):1344‐1364. doi:10.1111/j.1476-5381.2011.01238.x

Quais as formas de uso medicinal da Cannabis?

 

A dosagem de cada medicamento e a forma de sua administração da Cannabis é igual a qualquer medicamento disponível no mercado.

No caso da Cannabis sativa pode ser usada através da via oral, através de gotas no caso de óleo ou em cápsula, inalada ou fumada, via anal ou vaginal.

No Brasil atualmente a forma mais disponibilizada é em gotas pois o óleo é o medicamento mais utilizado e é importado.

No Brasil existe a forma em spray como o Mevatyl, disponível nas farmácias e a  associação Abrace que oferece desde óleo, pomada e até spray de resgate.

 

Como usar Cannabis Medicinal no Brasil?

 

O primeiro passo é encontrar um médico que prescreva tratamentos à base de Cannabis sativa.

Existem várias listas de profissionais disponíveis em diversas entidades sem fins lucrativos que trabalham com o tema.

Você pode consultar a Sociedade Brasileira de Estudos da Cannabis Sativa  – SBEC no site www.sbec.med.br.

A segunda etapa é preencher um formulário do governo pois desde Outubro de 2019 o sistema de acesso da Anvisa mudou.

Antes a aprovação do pedido saia em até 60 dias, porém a agência anunciou mudanças e recentemente observei a aprovação mais rapidamente, sendo que alguns casos levou apenas 48 horas.

No Brasil somente a Associação Abrace Esperança pode plantar a Cannabis sativa, através de um processo judicial e os seus produtos também podem ser prescritos por médicos, porém não é necessário o cadastro na Anvisa, apesar que é importante apresentar o mesmo em caso de viagem.

 

Quanto custa o tratamento?

O custo depende do tipo de medicação pois a maioria das marcas de óleos ainda vêm do exterior.

Em média, dentro do comércio legal, o custo total fica na faixa de 200 a 400 dólares, além do frete, por mês – dependendo da patologia e necessidade do paciente, esse valor pode chegar até R$ 10 mil.

É importante ressaltar que para cada paciente teremos que descobrir a dose do medicamento (mg/dia) e o cálculo ficará assim mais adequado pois o mesmo poderá fazer uso de pequena ou alta dose. 

 

Que documentos preciso ter para importar medicamentos de Cannabis?

Em janeiro de 2020, a Anvisa reduziu a documentação necessária para importação de produtos à base de Cannabis. Anteriormente eram necessários receita médica, laudo médico, termo de responsabilidade assinado pelo médico e o paciente.

Atualmente pode ser feito apenas com prescrição médica indicando a necessidade de uso do produto, que deverá ser anexada pelo paciente ou seu representante legal na hora de fazer o cadastro do pedido.

O formulário de solicitação e o termo de responsabilidade devem ser preenchidos diretamente no Portal de Serviços do Governo Federal.

 

Posso ter minhas despesas com Cannabis medicinal pagas pelo Estado?

Todo cidadão poderá acionar o estado para receber a medicação, porém será através da judicialização.

Esse é um processo lento e burocrático. Os pacientes que venceram ações na Justiça demoram para obter do governo e muitas vezes não é de forma contínua.

Vários setores da sociedade desejam que o SUS passe a fornecer gratuitamente esses remédios através do Programa Nacional – Farmácia Viva, porém ainda estamos longe dessa regulamentação pela proibição de plantio em solo brasileiro que é aguardado através da regulação de leis. Atualmente está em trâmite a PL 399/15 que versa sobre o tema.

Quais as principais indicações da cannabis medicinal?

Segundo a regulamentação da Anvisa, todos os pacientes que possuem patologias graves em que foram tentadas várias técnicas terapêuticas podem obter a medicação na modalidade de USO COMPASSIVO, como: Depressão Grave, Parkinson, Fibromialgia, Dores Intratáveis, Epilepsia, Alzheimer, Autismo, Esclerose Múltipla, Câncer, Lúpus, Doenças Raras, Aids, entre outras.

 

Quais os principais efeitos colaterais- EC?

Todo medicamento pode causar efeitos adversos e a Cannabis sativa também.

 O paciente pode apresentar com o tratamento com CBD, sonolência, náuseas, tontura e diarréia. Observamos que muitas vezes os pacientes podem ter alergia a algum veículo presente na composição como o óleo. Os medicamentos diluídos em azeite podem causar intolerância sendo que os com TCM (oriundos do óleo de coco) e com óleo extraído da semente da Cannabis apresentam menos EC.

Em casos de remédios com THC, pode haver taquicardia e aumento da pressão arterial. Também pode causar hipotensão ortostática.

 

Há riscos de interações medicamentosas?

Existe várias interações medicamentosas e é comum observar em alguns pacientes apresentam hipotensão, por exemplo, devendo assim serem ajustados vários medicamentos, assim como sedação (ajuste de benzodiazepínicos) e  a dose de anticoagulantes orais.

É preciso avaliar quais outros remédios o paciente toma para evitar complicações.

 

Posso cultivar para produzir meu próprio remédio?

Não. O cultivo de Cannabis no Brasil só pode ser realizado através da autorização de salvo conduto por pacientes que entraram na justiça.

Tenho acompanhado vários pacientes que conseguiram autorização judicial para plantar e produzir sua própria medicação. Assim, para obter essa autorização é importante que a pessoa esteja em tratamento e que possa fazer todos os trâmites judiciais. Oriento todo os pacientes a obterem a autorização da Anvisa, anexarem todos os documentos da evolução de sua patologia e consultar um advogado de sua confiança para poder entrar com o pedido na esfera cível ou criminal.

Posso ser criminalizado por usar Cannabis com fins medicinais?

Não. Porém é recomendado que o paciente possa comprovar a sua autorização de uso principalmente se for viajar. E, em caso de viagem para o exterior deve observar as leis do país. Já tive casos em que a pessoa foi impedida de entrar em determinados estados no EUA, por exemplo, ao viajar para a Disney.

A recomendação é que os pacientes carreguem consigo somente as doses necessárias para os dias de viagem e a receita médica.

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